sábado, 9 de março de 2013

A Pena de Ouro--Capítulo 1-- Acidente

   É sempre nos momentos mais difíceis, quando parece que nada tem jeito, é que os verdadeiros milagres acontecem. Quando parece não haver saída, é que tudo muda, é quando o inesperado acontece. Nesse caso, não é diferente. Diferente, talvez, seja o milagre em si.
   Em dias corridos e agitados, como todos os dias de todas as pessoas, é que começa essa história. Lia estava esbaforida, preocupada com sua entrevista de emprego. Aos 18 anos, precisando urgentemente de um, não admira-se de estar sob tanta pressão. Sua mãe havia morrido há um ano, em um acidente de carro, e seu pai estava em coma desde então. Morava com uma prima distante, bem mais velha, que pouco se importava com a jovem. Precisava de dinheiro para pagar o tratamento de seu pai, e também um novo lugar para morar. Era uma ótima aluna, e com um currículo de ensino médio de dar inveja.
   Sua entrevista de emprego era em outra cidade, na divisa do estado, em uma empresa que acreditava em recém formados, e lhes dava treinamento. Sua humilde bagagem, composta de apenas uma mala, estava pronta, poucas roupas, alguns livros, pouco dinheiro. Já estava um tanto atrasada para pegar o ônibus. Desceu as escadas, passou pela sala e já saia pela porta, quando deu um "tchau" seco para sua prima, que estava sentada em frente á televisão, com as luzes da sala apagadas. Esta nada lhe respondeu.
   Felizmente, apesar de seu atraso, o transito em direção à rodoviária estava tranquilo, e pode chegar a tempo de pegar seu ônibus. Sentou-se no ultimo banco, na janela. Sua bagagem, por ser tão pouca estava com ela. Dali faria 7 horas de viagem até a outra cidade, chegando com uma hora de antecedência para sua entrevista.
   Por ser três da manhã, ela adormeceu. Só voltou a acordar ás 6 da manhã, no meio da estrada. O ônibus, bem velho, fazia um barulho ruim por correr tanto na estrada. Chovia bastante.
   Lia acordou sentindo-se muito cansada e abatida. Já havia tempos que se sentia assim, sempre cansada, triste e abatida. Seu humor se misturava àquela paisagem verdejante e chuvosa que passava diante da janela. Estrada era muito bem pavimentada, transpassando os montes costeiros do estado.
   Um barulho se fez, dento de sua bagagem de mão: seu humilde telefone móvel. Ela atendeu. Era, para sua surpresa, sua prima. Disse que o hospital ligou, seu pai, que estava e coma a um ano, já estava em sua terceira parada cardíaca desde a madrugada. Ela deveria descer no centro da cidade mais próxima e pegar o ônibus de volta. Após muito implorar, sua prima concordou em, pelo menos, ir ao hospital enquanto ela não chegava.
    Desligou o telefone. Afundando-se no banco do ônibus, começou a chorar compulsivamente. Um milhão de sentimentos a tomou. Sentiu ódio de sua vida, do seu sofrimento. Sentia-se fraca, até por ser, em geral, uma pessoa muito insegura. "Eu não iria conseguir mesmo", pensava, "Sou muito nervosa, iria me atrapalhar, seria um vão mesmo essa ida e busca de emprego.". Não acreditava que o pai podia estar piorando, já que, para ela, coma já era o limite que alguém poderia chegar. Revoltou-se, irritou-se, mas tudo isso apenas expressado com lágrimas. Não dizia uma só palavra. Por fim pensou: "Queria morrer."
   Engraçado, sem podemos dizer assim, é que sempre nessas horas nossos "desejos" são realizados. Sempre, nessas situações, é que se realizam os pensamentos ou desejos que são acompanhados da frase "cuidado com oque desejas".
   Assim que pensou tal coisa, o ônibus, que corria bastante, estava em uma parte da estrada em que nas laterais da pista, em ambos os lados, dava para grandes precipícios. Uma curva se aproximava, e do lado oposto vinha um caminhão de carga. Creio que não preciso descrever o que ocorreu depois, já devem imaginar. E, como na maioria dessas ocasiões caóticas, em que tudo parece conspirar contra você, apenas o ônibus desabou precipício abaixo, por uns três quilômetros.
   Mas, milagres acontecem, certo? No meio do caminho, precipício abaixo, um toco entre algumas arvores do grande barranco quebrou a janela em que Lia estava, sendo ela expelida para fora, e o ônibus continuou a rolar. Rolou até chegar em uma parte da estrada bem abaixo da parte de onde caiu. Mas Lia, sozinha, ficou lá, deitada e suja de lama e um pouco de sangue, deitada. abaixo das arvores. Não se lembra de muita coisa após isso, apenas de ver a chuva cair sob um céu cinzento, e tudo ficar escuro.
  

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Esclarecimento

Olá leitores. Criei esse blog para escrever historias que crio como fanfics, sobre Nárnia.
Deixo bem claro que essas são minhas ideias e minhas imaginações, e todos os direitos sobre Nárnia sempre estarão reservados ao nosso ilustre C. S. Lewis.
Nao sei quanto a voces, mas, em minha opinião, a história de Narnia é ao mesmo tempo completa, peefeita e com total sentindo, porém nos permite imaginar e pensar ilimitadas possibilidades de acontecimentos. Isto a torna ainda mais rica.
Por exemplo, não se sabe o que aconteceu desde a criação de Narnia, com a volta de Digory para nosso mundo, até os dias em que as crianças Pevensie chegam á Narnia, através do Guarda-Roupa. O que ocorreu? Por onde andou a Feiticeira? Quantos reis e rainhas existiram? Como era o relacionamento de Narnia com a Arquelânia e a Calormania naqueles tempos? Que outros feitos maravilhosos os Quatro Reis fizeram em seu reinado, além dos mencionados? Que outras grandes aventuras Caspian X teve?
Isso nos faz pensar em muitas possibilidades. Narnia nao é um relato completo, o que nos deixa ainda mais a sensação de "verdade"
Assim, nesses pensamentos que tenho constantemente, crio historias novas para Narnia. Novas para nós, mas não para Eles. Crio sempre tentando preservar a pureza e a, digamos assim (com um neologismo bem doloroso), brilhantissidade usadas por Lewis, sempre lembrando da finalidade de sua obra, de sua mensagem principal: a quem Aslam representa.
Assim, desejo uma boa leitura e espero, demasiadamente, que gostem.

Att.